O Radioamador e as Situações de Emergência – O que fazer?

Aceitando o desafio do Alemão-PXJF, vou apresentar alguns pontos que considero fundamentais para o radioamador que pretende prestar algum auxílio em caso de ações de emergência.

Estar preparado para adversidades
O radioamador deve compreender que sua ação em caso de emergência deixará de ser um hobbye e se tornará uma prestação de serviço à sua comunidade. E para isso sua estação deve estar à altura desta situação. As condições de seu sistema irradiante, seu transceptor e fontes alternativas de energia. Banco de baterias, geradores e outros sistemas de prontidão para entrar em operação ante a possível falta de energia elétrica. Devemos ter em mente que as linhas de transmissão em nosso país são muito suscetíveis aos desastres naturais. Outro ponto que merece destaque neste ítem é a condição da própria estação e moradia do radioamador. Ter vontade de ajudar e condições técnicas de ajudar sucedem a segurança do radioamador, sua família e estação. Morar num local de risco e exposto a desastres pode transformar o radioamador e seus entes em vítimas. Então a segurança está acima de sua contribuição.
Ter conhecimento de como ajudar
Já passou o tempo de radioamador ser apenas o “locutor da desgraça”. Para estabelecer uma rede de emergência devem existir pelo menos dois pontos de tráfego de informações essenciais. O radioamador se torna essencial nestes casos quando a sua ação faz chegar e receber informações às entidades que prestam o socorro e resposta durante o evento de desastre. Falar com ciclano ou beltrano que viu tantos corpos serem carregados ou que precisa de uma pá mecânica para desobstruir uma rua sem que estas entidades possam receber tal informação, efetivamente, não leva a lugar algum. Temos que ter em mente que o radioamador deve fazer pontes de comunicação até a entidade de Proteção e Defesa Civil ou nos casos mais específicos reportar situações locais para estas entidades. Adentrar uma frequência durante o tráfego de comunicações de emergência com perguntas, pitacos, respostas não oficiais, e assuntos não condizentes com o auxílio às vítimas apenas traz mais caos durante o evento. Uma organização prévia é essencial.
Discernimento e clareza nas informações
Estabelecidas as pontes de comunicação com as entidades de Proteção e Defesa Civil, o radioamador precisa ter como premissa que o que será proferido na frequência será levado em consideração na definição de uma ação de socorro. Uma informação equivocada, truncada ou não condizente com a realidade levará a uma mobilização de esforços (material, pessoal, transporte) que poderão ser imprescindíveis para o resgate de pessoas em situações emergenciais… Neste caso vidas humanas que poderiam ser salvas ficariam expostas enquanto o auxílio seria enviado a um local não emergencial.
Espero ter contribuído com a discussão. Um abraço!
Renan de Almeida – GECRE

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